Biografia

ALEILTON FONSECA

 

ALEILTON (Santana da) FONSECA nasceu em Itamirim, hoje Firmino Alves - Bahia, em 21/07/1959. É casado e tem 2 filhos. É poeta, ficcionista, ensaísta e professor universitário. Em 1963, sua família se fixou em Ilhéus-Bahia, onde o autor viveu a infância e a adolescência, cursou até o primeiro ano do segundo grau, escreveu e publicou seus primeiros textos em jornais.
Aleilton começa a escrever ainda no segundo grau, motivados pelas lições e leituras de poemas, crônicas e romances. Em 1977, ingressou na EMARC, escola de Uruçuca - Bahia, onde se formou em Técnico Agrimensor, mas nunca foi buscar o diploma. Nesse ano começa a publicar contos e poemas no Jornal da Bahia, de Salvador, tendo vencido 3 vezes o seu Concurso Permanente de Contos. Publica também no suplemento A Tarde/Novela, de A Tarde. Em Ilhéus passa a assinar a coluna "Entre Aspas", no Jornal da Manhã. Em dezembro de 1977, aos 18 anos, sai sua primeira entrevista, no Jornal da Bahia, quando é apresentado por Adinoel Mota Maia, como um novo escritor que surgia no sul da Bahia. Ainda neste ano, vence um prêmio de contos da Editora Grafipar, do Paraná, além de outros locais. Em 1979, ingressa no curso de Letras da UFBA, e se transfere para Salvador, que adota como seu ambiente de formação cultural. Organiza seu primeiro livro de poemas, que recebe Menção Honrosa no concurso Prêmios Literários Universidade Federal da Bahia – 1980 e é, logo depois, selecionado para abrir a série de poesia da Coleção dos Novos, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, que publicou 14 novos autores baianos no início da década de 80 e fixou o perfil da Geração 80 no estado.
Em 1981 publica o seu primeiro livro, Movimento de Sondagem (Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1981) que recebeu, entre outros, a atenção de Carlos Drummond de Andrade, que lhe escreveu uma carta de incentivo e de Rubem Braga, que publicou dois de seus poemas na coluna “A Poesia é Necessária”, na Revista Nacional, semanário que circulava encartado nos principais jornais das capitais.
Começa a lecionar Português no ensino fundamental, criando uma oficina literária, cuja produção discente era publicada em murais, em coletânea e nos suplementos infanto-juvenis de jornais, como o JOBA, do extinto Jornal da Bahia. Conclui o curso de Letras e passa a lecionar Literatura e Língua portuguesa. Em 1984 ingressa, como professor, no curso de Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, transferindo-se para a cidade de Vitória da Conquista. Publica o livro de poemas, O espelho da consciência. Em 1988, especializa-se em Literatura brasileira, ao ingressar no Mestrado em Letras, na Universidade Federal da Paraíba. Fixa-se com a família em João Pessoa. Em 1990 retorna às atividades na UESB, trabalhando no curso de Letras, divulgando literatura, incentivando a formação de leitores de poesia através de cursos preparatórios para professores. Em 1992 defende tese de mestrado, sobre música e literatura romântica, que será publicada em livro em 1996, pela editora 7Letras, com o título: Enredo Romântico, música ao fundo: manifestações lúdico-musicais no romance urbano do romantismo. Passa a publicar ensaios e resenhas em suplementos de jornais e em revistas universitárias. Em 1993 ingressa no Doutorado em Literatura Brasileira, na Universidade de São Paulo, fixando-se com a família na capital paulista. Em 1994, publica, em edição artesanal, o metapoema Teoria particular (mas nem tanto) do poema. Conclui o doutorado na USP em 1997, com a defesa de uma tese intitulada: “A poesia da cidade: Imagens urbanas em Mário de Andrade”, que sairá em livro proximamente.
Ainda em 1996 retorna a Salvador, onde fixa residência até a atualidade. Retoma suas atividades, junto aos demais escritores da geração 80. Organiza, com Carlos Ribeiro o livro Oitenta: poesia & prosa (Coletânea comemorativa dos 15 anos da Coleção dos Novos). Salvador: BDA-Bahia, 1996, que serviu de base para a definição da geração 80, na antologia A Poesia na Bahia no século XX, organizada por Assis Brasil (Rio: Imago,1999). Concorre ao "Prêmios Culturais de Literatura" da Fundação Cultural do Estado da Bahia, com o livro Jaú dos Bois, que fica entre os vencedores (3o Lugar) e é publicado pela Relume Dumará, em 1997. O livro esgota rapidamente, obtendo expressiva acolhida da crítica, com vários artigos, tornando-se objeto de estudo em cursos de Letras, na Bahia. Em 1998, funda, em parceria com Carlos Ribeiro e outros escritores, Iararana – Revista de arte, crítica e literatura, periódico de divulgação da geração 80. Retoma suas atividades na UESB, lecionando e orientando bolsistas de iniciação científica e monitoria em literatura.
Em 1999, transfere-se para a Universidade Estadual de Feira de Santana, integrando-se ao grupo fundador do curso de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural (PPgLDC), tendo já orientado várias dissertações concluídas. Como professor do mestrado, desenvolve pesquisas sobre a representação lírica da cidade na poesia moderna e contemporânea, com o projeto “Imagens urbanas na Literatura”. Como parte disso, pesquisa a representação de imagens da Bahia na poesia brasileira. Como professor pesquisador, orienta trabalhos e dissertações de alunos de pós-graduação e de iniciação científica, na área de literatura baiana e brasileira.
Em 2003 leciona, como professor convidado, na Universidade de Artois (França). Neste ano e nos seguintes faz palestras nas Universidades: Sorbonne Nouvelle, Nanterre, Artois, Rennes, Toulouse Le Mirail (França) e ELTE (Budapeste). Tem participado de diversos eventos universitários e culturais em vários estados do país.
Em 2001 publica o livro de contos O desterro dos mortos. Nesse ano recebeu o Prêmio Nacional Herberto Sales – Contos, da academia de Letras da Bahia, com o livro O canto de Alvorada, publicado em 2003,com 2ª edição em 2004, pela Editora José Olympio. Em 2005 co-organiza (com o escritor Cyro de Mattos), o livro O triunfo de Sosígenes Costa: estudos, depoimentos, antologia (Ilhéus: Editus; Feira de Santana, UEFS Editora, 2005.), que recebeu o Prêmio Marcos Almir Madeira 2005, da União Brasileira de Escritores-RJ. Participa de várias antologias e coletâneas de poesia e de prosa, na Brasil e no exterior. Tem livros inéditos em poesia, infanto-juvenil, contos e ensaios
É co-fundador e co-editor de Iararana, revista de arte, crítica e literatura, editada em Salvador desde 1998, já no nº 13. É co-editor de “Légua & Meia - Revista de Literatura e Diversidade Cultural” da PPgLDC/UEFS. Foi editor da revista Heléboro (UESB, 1997-98). Participa da comissão editorial das revistas Politeia (UESB), Ágere (UFBA) e Floema (UESB). É co-editor de Légua e Meia - revista de Literatura e Diversidade Cultural (PPGLDC/UEFS). Tem colaborado com revistas e suplementos literários, no país e no exterior. Em 2006, publicou poemas em francês, traduzidos por Dominique Stoenesco, na edição especial da revista Autre Sud, de Marselha/França, no dossiê poético “Voix croisées Brésil-France”. Participa do dossiê bilíngue de poesia Português/Francês da revista Iararana n° 11. Já publicou vários artigos e resenhas, além de diversos poemas e contos em revistas, jornais e sites, no Brasil e no exterior.
Em 2009 completou 50 anos e foi homenageado pelo Lycée des Arènes, em Toulouse-França, com uma exposição de trabalhos de alunos sobre seu livro Les marques du feu. Na Bahia foi homenageado pelo IL-UFBA, através de um seminário sobre sua obra, e também pela Academia de Letras da Bahia. Neste mesmo ano, seu romance Nhô Guimarães foi adaptado para o teatro e encenado em Salvador e outras cidades.
É correspondente da revista francesa Latitudes: cahiers lusophones. Desde 2005, pertence à Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira nº 20. É membro da UBE-São Paulo e do PEN Clube do Brasil.



Contato com o autor


E-mail para contato com Aleilton Fonseca: allw0130@terra.com.br