quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VI COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA 28, 29 e 30 de setembro de 2011

ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E DIVERSIDADE CULTURAL/UEFS
CURSO CASTRO ALVES 2011 – VI COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
28, 29 e 30 de setembro de 2011

PROGRAMAÇÃO GERAL
Local: Auditório Magalhães Neto –ALB

28/09 – Quarta-feira
14h30 – Sessões de Comunicações
17h – Filme: Castro Alves (direção: Silvio Tendler)
18h – Abertura. Aramis Ribeiro Costa (ALB)
Coordenação:Carlos Ribeiro (UFRB/ALB)
Conferência: As raízes libertárias de Castro Alves na vanguarda baiana
Três exemplos: Glauber Rocha, Milton Santos e Carlos Marighella
Conferencista: cineasta Silvio Tendler

29/09 – Quinta-feira
14h30 – Sessões de Comunicações
17h00 – Mesa redonda:
Coordenação: Aramis Ribeiro Costa (ALB)
Castro Alves: Lições de poesia
Evelina Hoisel (UFBA/ALB)

O impacto da alta e da baixa auto-estima de Castro Alves em sua poesia
Joaci Góes (ALB)

28/09 – Sexta-feira
14h30 – Sessões de Comunicações
17h00     – Conferência de encerramento
Coordenação: Aleilton Fonseca
Conferência: Castro Alves : Hermano de los pobres, hijo de la tempestad
Conferencista: María Pugliese (poeta, professora da Universidad Nacional de Luján/Argentina)

Presidente: Aramis Ribeiro Costa
Coordenação: Aleilton Fonseca


SESSÕES DE COMUNICAÇÕES 

Dia 28/09 - quarta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 1 – Leitura e questões literárias
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: Mônica de Menezes Santos (UFBA) 


O RITUAL NO JARDIM: LOCAL DE TRABALHO PARA LEITORES “MENORES”
Mônica de Menezes Santos (UFBA)

CARTA ABERTA AO POETA CASTRO ALVES
Mônica de Jesus Lopes (Pos-grad./UFBA)

O TEATRO DE CASTRO ALVES E A FIGURA DO NEGRO
Valda Suely da Silva Verri (UEL)

POÉTICAS DO ESPAÇO EM TERESA BATISTA CANSADA  DE GUERRA,  DE JORGE AMADO
Taise Teles Santana de Macedo (UNEB)

TRIÂNGULO SOB O SOL: UMA LEITURA DO CONTO “SOL”, DE VASCONCELOS MAIA
Josimeire dos Santos Brazil (UEFS)

ENTRE RUAS E BECOS: FACETAS DE UMA CIDADE NA LÍRICA DE EURICO ALVES
Tatiane Santos de Araújo (PPgLDC – UEFS)

A CIDADE DE SALVADOR EM SEUS MÚLTIPLOS ASPECTOS: LEITURA DO POEMA ELEGIA DE LUÍS ANTONIO CAJAZEIRA RAMOS
Érica Azevedo Santos (PpgLDC/ UEFS/CAPES)


Dia 28/09 - quarta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 2 – Literatura: representações culturais
Auditório Pedro Calmon
Coordenação: Lúcia Tavares Leiro (UNEB)

O CINEMA NA LITERATURA DE HELENA PARENTE CUNHA E SONIA COUTINHO
Lúcia Tavares Leiro (UNEB)

O EU, A CIDADE... E OS CONFLITOS IDENTITÁRIOS DO SÉCULO XX: UMA ANÁLISE NA CONTÍSTICA DE SONIA COUTINHO
Maria Elaine Gomes dos Santos  (UNEB)

HELENA PARENTE E A MULHER NO ESPELHO
Poliana Pereira Dantas

MODERNIDADE, CRISE E PÓS-MODERNIDADE: O PROCESSO DE FRAGMENTAÇÃO DO INDIVIDUO MODERNO E O SURGIMENTO DE NOVAS IDENTIDADES E SUAS REPRESENTAÇÕES NA OBRA DE ENOCH CARNEIRO
Eduardo Pereira Lopes (PpgLDC-UEFS)

AMOR, ÓDIO, AVENTURA E VINGANÇA EM  AS VELHAS DE ADONIAS FILHO
Vanessa dos Santos Reis (PpgLDC / UEFS)

A MEMÓRIA COMO ELEMENTO DISCURSIVO EM A PROCISSÃO E OS PORCOS DE JORGE MEDAUAR
Juciene Silva de Sousa Nascimento (FADBA)

UM “CABRA” DE VERDADE: CONSTRUCTOS DA MASCULINIDADE EM SARGENTO GETÚLIO, DE JOÃO UBALDO RIBEIRO
Mônica Naiara Pereira da Silva Santos (PpgLDC/UEFS)
Joyce Maria dos Reis Santana (PpgLDC/UEFS)

Dia 28/09 - quarta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 3 – Literatura, questões literárias e culturais
Sala de Reunião (Térreo)
Coordenação: Valéria Lessa Mota (UEFS)


AS MÚLTIPLAS FIGURAÇÕES DO SUJEITO LÍRICO NA POESIA DE RUY ESPINHEIRA FILHO
Valéria Lessa Mota (UESB)

UMA HISTÓRIA DO TEMPO DA ERA: PROCESSOS FICCIONAIS E HISTÓRIA NO ROMANCE DE RUY ESPINHEIRA FILHO
Milca Borges Luz (UESB)
Valéria Lessa Mota (Orientadora-UEFS)

A MODERNIDADE EM SOSÍGENES COSTA: PANORAMA SOCIAL E ESTÉTICO
Thalline Fernanda Ribeiro Dias Miranda(UESB)
Valeria Lessa Mota (Orientadora-UESB)

SIGNIFICAÇÕES E RESSIGNIFICAÇÕES DA MESTIÇAGEM NA OBRA AMADIANA DOS ANOS 1930 - ALGUMAS QUESTÕES
Antonio Carlos Monteiro Teixeira Sobrinho (PPGEL/UNEB/CAPES)

HISTÓRIA E CULTURA SERTANEJA ATRAVÉS DO LÉXICO NA OBRA ESSA TERRA DE ANTÔNIO TORRES
Ana Célia Coelho (UEFS)
Ivanete Martins de Jesus (UEFS)
Jacilene Marques Salomão (UEFS)

O CÉU DEPOIS DA CHUVA
Janaína Ezequiel França (UFRB)
Carlos Ribeiro (Orientador-UFBR)

MIGRAÇÕES BIGRÁFICAS EM NHÔ GUIMARÃES, DE ALEILTON FONSECA
Livia Drummond (UFBA)
Antonia Torreão Herrera (Orientadora-UFBA)

Dia 28/09 - quarta-feira – 14h30
Sessão de comunicações  4 – Leituras críticas: prosa e poesia
Sala Edith Gama (Térreo)
Coordenação: Benedito Veiga (UEFS)

JORGE AMADO E A HORA DA GUERRA: ASPECTOS DA VIDA DE RUI BARBOSA
Benedito José de Araújo Veiga (UEFS)

CONSCIÊNCIA E SIGNIFICADO: A IMPORTÂNCIA DA CONTEMPLAÇÃO NA POÉTICA DE ANTONIO BRASILEIRO
Joaquim Gama de Carvalho (PpgLDC/UEFS)

EUCLIDES NETO: PELA CONSTRUÇÃO DO “REAL”
Ulisses Macêdo Júnior (PpgLDC/UEFS)

O INTERDISCURSO EM O TEMPO É CHEGADO, DE EUCLIDES NETO
José Radamés Benevides de Melo (IFBA)

CIDADE E SERTÃO NA POESIA DE EURICO ALVES
Maria do Socorro Barbosa de MIRANDA (CSAJ)

A CIDADE EM QUE ME PERCO: AS FACES DE SALVADOR NA PRODUÇÃO LITERÁRIA DE JOÃO FILHO
Lilian Daianne Bezerra Mota (PPG LitC- UFBA


Dia 29/09 - quinta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 5 – Leituras, cultura e representações
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)


LITERATURA DE JORNAL E MEMÓRIA PERFEITA: A BAHIA NOS TEXTOS DE JOÃO PARAGUAÇU
Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)
Danilo Cerqueira de Almeida (UEFS)

MEMÓRIAS DO VALE, JACUBA, DE WILSON LINS
Maurício de Oliveira Santos (UEFS)
Adeítalo Manoel Pinho (UEFS)

PATHOS E SIMPATIA NA TRAJETÓRIA DO PERSONAGEM SEM-PERNAS NO ROMANCE CAPITÃES DA AREIA, DE JORGE AMADO
Léa Costa Santana Dias (UNEB / UFBA)

IDENTIFICAÇÃO E HEROÍSMO EM CAPITÃES DA AREIA, DE JORGE AMADO
Gilson Antunes da Silva (PPGLitC/UFBA)

CRÔNICAS DE UMA FAMÍLIA SERTANEJA: O REALISMO MÁGICO NA OBRA DO ESCRITOR BAIANO ARAKEN VAZ GALVÃO
José Moacir Fortes Saraiva (IFBA)

AS TRÊS BADALADAS DO RELÓGIO DA TORRE, OU FRAGMENTOS DE ACONTECIMENTOS ESPANTOSOS QUE REGEM O COMPORTAMENTO DO HOMEM MODERNO
Andreia Ferreira Alves Carneiro (PPgLDC/UEFS/CAPES)

ASPECTOS PSICOLÓGICOS: A DUPLA PERSONALIDADE EMO INÉDITO DE KAFKA, DO ESCRITOR BAIANO MAYRANT GALLO E O ESPELHO, DE MACHADO DE ASSIS
Vera Lúcia Rodrigues de Melo (UNEB)
Eliene da Fé Rabelo (UNEB)
João Evangelista do Nascimento Neto (Orientador- UNEB)



Dia 29/09 - quinta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 6 – Literatura: imagens, mulher, cidades
Auditório Pedro Calmon
Coordenação: Rosana Ribeiro Patricio (UEFS)

DA METONÍMIA À METÁFORA: MULHERES AMADIANAS EM FIGURAÇÕES DE VARIADOS TONS
Fernanda Mota Pereira (UFBA)

(DES)CAMINHOS DAS LEITORAS DE ROMANCES: O CASO DAS  PERSONAGENS AMADIANAS ESTER E MALVINA
Edinage Maria Carneiro da Silva (PpgLDC/UEFS)

A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE ATIRE EM SOFIA, DE SÔNIA COUTINHO
Catherine Santana Souza (UESC)
Sandra Maria Pereira do Sacramento (Orientadora –UESC

A REPRESENTAÇÃO DA CIDADE DE SALVADOR NO POEMA “TEMPOS DE ARLEQUIM” DE FLORISVALDO MATTOS
Josenilce Rodrigues de Oliveira Barreto (UEFS)
Rosana Ribeiro Patricio (Orientadora – UEFS)

IMAGENS DA CIDADE E DA NATUREZA NA FICÇÃO DE CARLOS RIBEIRO
Márcia Neide dos Santos Costa ( IC-UEFS)
Aleilton Fonseca (Orientador – UEFS)

A REPRESENTAÇÃO DA MORTE NO POEMA “OS MORTOS ESPERAM” DE TELMO PADILHA
Gleide Conceição de Jesus (UEFS)
Rosana Ribeiro Patricio (Orientadora- UEFS)

POÉTICA DE AFIRMAÇÃO SOCIAL EM “A NOITE DA LIBERDADE”, DE JOSÉ CARLOS LIMEIRA
Edilene Silva Bahia de Souza (PpgLDC/UEFS)




Dia 29/09 - quinta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 7 De mulheres, memórias e outras tramas:
Estudos em torno da obra de Myriam Fraga
Sala de Reunião (Térreo)
Coordenação: Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (UNEB)


POR UMA POESIA DO IMPOSSÍVEL: UMA LEITURA DE O LIVRO DOS ADYNATA, DE MYRIAM FRAGA
Ricardo Nonato A. de A. Silva (UNEB)

Nas sombras da cidade: a ruptura dos sonhos estáveis nas casas poéticas de Myriam Fraga
Thais Rabelo de Souza (UNEB/PICIN)
Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (Orientador-UNEB)

O BESTIÁRIO DE MYRIAM: AS MÚLTIPLAS FACES DA MULHER MONSTRO
Jéssica Pereira Torres (UNEB)
July Ane da Silveira Soares (UNEB)
Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (Orientador -UNEB)

“TRAJETÓRIA”: IMAGENS DA MULHER EM MYRIAM FRAGA
Adriana Maria de S. Novais (UNEB)
Maria Aurinívea de Assis (Orientadora -UNEB/ UFBA-CAPES)

IMAGENS DA CIDADE DE SALVADOR NA POESIA DE MYRIAM FRAGA
Veronica Almeida Trindade (UEFS)
Rosana Maria Ribeiro Patrício (Orientadora-UEFS)

O MITO DA MULHER FATAL: DESLOCAMENTOS NA POESIA DE MYRIAM FRAGA              
Antonia Ferreira dos Santos (UNEB)
Adriana Carlos de Figueiredo (UNEB)
Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (Orientador-UNEB)

O DESTINO TRÁGICO DO HOMEM EM O PÁSSARO DO SOL, DE MYRIAM FRAGA
Ana Carolina Carmo Silva (UNEB) - Áquila Naiane Oliveira da Silveira (UNEB)
Gláucia Batista dos Santos - Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva (Orientador-UNEB)


Dia 29/09 - quinta-feira – 14h30
Sessão de comunicações  8 – Questões literárias e culturais
Sala Edith Gama (Térreo)
Coordenação: Ângela Vilma (CFP/UFRB)


“SIM, SENHORA”: UM CONTO DE GLÁUCIA LEMOS
Ângela Vilma (CFP/UFRB)

A TRAJETÓRIA DO HERÓI PROBLEMÁTICO NAS AREIAS DA BAHIA: UMA ANÁLISE DO PERSONAGEM PEDRO BALA, DA OBRA CAPITÃES DA AREIA, DE JORGE AMADO
Dislene Cardoso de Brito (PPGLitC/UFBA- IF Baiano)

ESTUDO SOBRE OUTRAS INTERVENÇÕES/REFLEXÕES EM OS SERTÕES E O PENSAMENTO EUCLIDIANO PARA SUA GRANDE OBRA
Marcos José de Souza (Rede Estadual de Ensino da Bahia)

SEARA VERMELHA DE JORGE AMADO: MATRIZES INTERTEXTUAIS DE OS SERTÕES
Laís Fernanda Correia de Oliveira (UNEB)
Iraci Simões da Rocha (Orientadora – UNEB)

TERRA AMADA, TERRA ODIADA: DESLOCAMENTODS DO SUJEITO NO ROMANCE ESSA TERRA, DE ANTONIO TORRES
Ana Cristina da Silva Pereira (UNEB) 
Iraci Simões da Rocha (Orientadora - UNEB)

BRANCA DIAS: MULHER E JUDIA, MAL ABSOLUTO
Rosana Chaves (PPG Linguagens e Representações/UESC)
Orientadora: Prof. Dra. Carla Milani Damião
Co-orientador: Prof. Dr. André Mitidieri 

A ESSÊNCIA DA VISÃO , EM O INÉDITO DE KAFKA,  DE MAYRANT GALLO 
Perivaldo Costa Pinto Junior (UFRB)
Carlos Ribeiro(Orientador / UFRB)

Dia 30/09 - sexta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 9 – Literatura, dramaturgia e sociedade baiana
Auditório Magalhães Neto
Coordenação: Rosa Borges dos Santos (UFBA)

ILDÁSIO TAVARES NA CENA BAIANA: UMA LEITURA DO TEXTO TEATRAL CENSURADO
Rosa Borges dos Santos (UFBA)

LITERATURA DRAMÁTICA INFANTO-JUVENIL: A VOZ DA RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE CENSURA MILITAR NA BAHIA
Adriele Lacerda Benevides (FAPESB – IC / UFBA)
Fabiana Prudente Correia(PPGLitC/UFBA)
Rosa Borges dos Santos (Orientadora - UFBA)

A DRAMATURGIA DE JUREMA PENNA NA IMPRENSA: UMA INCURSÃO PELOS PERIÓDICOS BAIANOS
Isabela Santos de Almeida (PPGLitC/UFBA/ IF Baiano)
Rosa Borges dos Santos (Orientadora -PPGLitC/UFBA)

ARIOVALDO MATOS NA CENA LITERÁRIA BAIANA
Mabel Meira Mota (UFBA/PGLitC- Capes)
Rosa Borges dos Santos (Orientadora – UFBA)

ANTONIO CERQUEIRA E NIVALDA COSTA: O TEATRO AMADOR BAIANO COMO “UMA ARTE DE DRIBLAR LEÕES E ATACAR DRAGÕES”
Williane Silva Coroa (UFBA)
Débora de Souza (UFBA)
Rosa Borges dos Santos (Orientadora –UFBA)

CLEISE FURTADO MENDES: TEORIA, DRAMATURGIA E SUAS ESTRATÉGIAS
Eduardo Silva Dantas de Matos (PPGLitC-UFBA)
Rosa Borges dos Santos (Orientadora- UFBA)

COM A PALAVRA, O NARRADOR: UMA ANÁLISE DO CONTO ARMADO CAVALEIRO O AUDAZ MOTOQUEIRO, DE HERBERTO SALES
Dinameire Oliveira Carneiro Rios (PpgLDC-UEFS)



Dia 30/09 - sexta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 10 – Literatura e crítica textual
Auditório Pedro Calmon
Coordenação: Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)


AFRÂNIO PEIXOTO E SUA REPRESENTATIVIDADE EDITORIAL NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (UEFS)
Érica Azevedo Santos (PpgLDC/UEFS)

O CONSERVADOR: LOCO DE ALGUNS AUTORES BAIANOS  
Maria da Conceição Reis Teixeira (UNEB) 
Ediane Brito Andrade (UNEB)

A OBRA LITERÁRIA COMO ETNOGRAFIA: ESTUDO ANTROPOLÓGICO DO ROMANCE GABRIELA CRAVO E CANELA DE JORGE AMADO
Vanessa Oliveira Silva Gama (IC/UEFS)
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz  (Orientadora-UEFS)

DE MARGEM A MARGEM: UM PERCURSO EM TORNO DO CONTO A TERCEIRA MARGEM DO RIO DE GUIMARÃES ROSA
Jaqueline Cardoso da Silveira (PPgLDC/UEFS)
Roberto Henrique Seidel (Orientador- UEFS)

PERFIS NORDESTINOS NA OBRA DO ESCRITOR E CINEASTA BAIANO OLNEY SÃO PAULO
Juliana Cordeiro de Oliveira Silva (UEFS)
Claudio Cledson Novaes  (Orientador-UEFS)

LITERATURA E MULHER: UM OLHAR SOBRE AS IDENTIDADES EM MULHER NO ESPELHO
Maria das Graças de Carvalho César (Educ. Oliveira Brito)
Lílian Almeida de Oliveira Lima (Orientadora-UNEB)

A CONFIGURAÇÃO DA MULHER EM CORDEL SUL-BAIANO
Andréia Batista Lins (Pós-Grad./UESC)
Sandra Maria Pereira do Sacramento (Orientadora – UESC) 

TRANSLADAÇÃO ERÓTICA DOS GOSTOS DA BOCA E DO CORPO: LEITURA DA CRÔNICA O BATETÊ, DE RUY PÓVOAS 
Juscilândia Oliveira Alves Campos – UNEB/UFBA

Dia 30/09 - sexta-feira – 14h30
Sessão de comunicações 11:
Representações e imaginário na ficção de Aleilton Fonseca
Sala de Reunião (Térreo)
Coordenação: Maria David Santos (PpgLDC/UEFS)

DO TERRITÓRIO SAGRADO DA MEMÓRIA AO IMAGINÁRIO DA CRIAÇÃO LITERÁRIA: RELATOS, FÁBULAS E FICÇÕES EM NHÔ GUIMARÃES E O PÊNDULO DE EUCLIDES DE ALEILTON FONSECA
Maria David Santos (PpgLDC/UEFS)

A INTERTEXTUALIDADE NO ROMANCE NHÔ GUIMARÃES, DE ALEILTON FONSECA
Adna Evangelista Couto dos Santos (PpgLDC-UEFS)
Rita de Cássia Ribeiro de Queiroz (Orientadora-UEFS)

A METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA PRESENTE EM O PÊNDULO DE EUCLIDES DE ALEILTON FONSECA
Joelson Santiago Santos (UEFS)

REVISITANDO SONHOS: O CONTO “VISITA AO SOLAR”, DE ALEILTON FONSECA, SUAS PAREDES, MEMÓRIAS E CONFRONTOS
Mariana Barbosa Batista (UEFS)

AS VÁRIAS FACES DA MORTE NAS NARRATIVAS DE O DESTERRO DOS MORTOS, DE ALEILTON FONSECA
João Evangelista do Nascimento Neto (UNEB/PUCRS)

MORTE EM ALEILTON FONSECA: A GRANDE SENHORA DA RESILIÊNCIA NO CONTO “O SORRISO DA ESTRELA”
Priscila Vila Flor Gomes (PPGEL/UNEB-FAPESB)
Elmo Dias do Nascimento (UNEB)
Maria de Fátima Berenice da Cruz (Orientadora, Faculdade Santíssimo Sacramento / UNEB)

O PÊNDULO DE EUCLIDES NO IFBA (Pôster)
Conceição Araújo (IFBA)



Dia 30/09 - sexta-feira – 14h30
Sessão de comunicações  12 – Questões de poesia e ficção
Sala Edith Gama (Térreo)
Coordenação: Cleberton Santos (IFBA)


EROTISMOS NA POESIA DE JOSÉ INÁCIO VIEIRA MELO
Cleberton Santos (IFBA)

A POÉTICA DE RUY ESPINHEIRA FILHO NA NAU DE EROS E TÂNATOS
Adriano Eysen (UNEB / PUC-MG)

UM FLUXO EM DE PAIXÕES E DE VAMPIROS, ROMANCE DE RUY ESPINHEIRA FILHO
Diogo Silva de Oliveira (UFRB)
Carlos Ribeiro (Orientador- UFRB)

CHOVE MELANCOLIA SOBRE O MUNDO: REFLEXÕES NA LÍRICA DE RUY ESPINHEIRA FILHO
Mayara Michele Santos de Novais (PpgLDC/UEFS)
Aleilton Fonseca (Orientador – UEFS)


MODERNIDADE E FRAGMENTAÇÃO DO SUJEITO NO POEMA “UM RIO QUE CORRE”, DE ANTONIO BRASILEIRO
Elis Angela Franco Ferreira Santos (PpgLDC/UEFS)

FERNANDO DA ROCHA PERES - UM EU LÍRICO EM DESCOBERTA
Rafaela Giovana Lima Santana (PPGLDC-UEFS)
Aleilton Fonseca (Orientador - UEFS)

A CIDADE E SUAS DOBRAS – APONTAMENTOS E RESPOSTAS ÀS CIDADES NA POESIA DE WALY SALOMÃO
Anisio Assis Filho (UESB/UFBA)

“MEU POEMA ESTÁ NAS RUAS TOMANDO CERVEJA”: A OBRA POÉTICA DE ROBERVAL PEREYR E A DESSACRALIZAÇÃO DA OBRA DE ARTE
José Rosa dos Santos Júnior (UESC)

PRESO AO LAÇO DE FITA A PERCORRER OS CAMINHOS DE UMA FERROVIA: O AMOR PRESENTE NAS LINHAS DE CASTRO ALVES E ÂNGELA VILMA
André Ricardo Nunes Nascimento (UNEB)
João Evangelista do Nascimento Neto (Orientador-UNEB)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O humor nosso de cada dia



Paula Ivony Laranjeira de Souza

Escrever um texto falando de um determinado livro parece algo simples e corriqueiro. Também já pensei assim, mas depois de ler A mulher dos sonhos e outras histórias de humor tenho pensado diferente. Isso porque, tenho receio de magoar a classe livresca, que muito unida podem pedir ao autor a minha degolação, pois creiam-me amigos, livros são objetos perigosíssimos.
O livro é de autoria de Aleilton Fonseca, publicado pela editora Via Liteterarum em 2010. Em suas 124 páginas nos deliciamos com 25 contos que apresentam cenas hilariantes do cotidiano. Crê-se que alguns leitores vão reconhecer nos contos lidos indícios da própria vida, ou a de um amigo, um vizinho, porém com um desfecho inesperado. As histórias são curtas, proporcionando rapidamente o prazer e o riso. Há que se considerar que a literatura humorística ganha mais facilmente o leitor, pois o riso só precisa ser estimulado.  Porém, A mulher dos sonhos, muito mais do que nos permitir um momento de descontração e riso, proporciona ao leitor rir de si mesmo, rir da vida, não da vida em si, mas da imitação da vida. Assim, ao sorrir da imitação da própria vida, o leitor se dá conta de que a racionalidade que lhe é inerente muitas vezes, o faz se perder de si mesmo.
Como salienta Ziraldo,
O humor, numa concepção mais exigente, não é apenas a arte de fazer rir. Isso é comicidade, ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor é uma análise crítica do homem e da vida. Uma análise não obrigatoriamente comprometida com o riso, uma análise desmestificadora, reveladora, caústica. Humor é uma forma de tirar a roupa da mentira, e os seu êxito está na alegria que ele provoca pela descoberta inesperada da verdade.[1]
Nesse sentido, entende-se que despertar o riso ou tocar o senso de humor do leitor é um trabalho árduo, pois requer talento e  uma postura consciente e reflexiva para projetar no texto uma inversão e subversão da ordem vigente. Ou seja, o humor na literatura deve partir de uma ruptura entre a vida e/ou o cotidiano(a imagem tradicional que temos) e a vida representada (imagem reveladora da insensatez). Este contraste revela as incoerências e dissonâncias das ações e valores humanos. Assim, o texto humorístico, além de ganhar a atenção do leitor seduzido pelo prazer da comicidade, na maioria das vezes, reveste-se também de um papel crítico-reflexivo voltado para as ações, neste caso do leitor e/ou expectador.
Como lembra Marília D. da Rosa “A quebra do trivial para o cômico deve conseguir surpreender o leitor de tal forma a instigá-lo, agradá-lo, mas isso só ocorrerá se causar a identificação do leitor com o fato. Por isso, é importante considerar tanto o conhecimento do leitor quanto seus hábitos e cultura para criação de uma comédia, principalmente no tocante à intertextualidade”(ROSA, 2009, p. 16). Assim, entende-se que o senso de humor durante uma leitura varia de pessoa para pessoa, dependendo muitas vezes de alguns condicionantes.
Quando recebi pelo correio em agosto de 2010 o meu exemplar de A mulher dos sonhos, corri para fazer a leitura e não deu outra: risos ecoaram pela casa bem como certo encontro com uma razão irracional. Assim, informo que a epigrafe utilizada no inicio do livro, cumpriu-se. “O meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta, quando lesse minha história no jornal, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse “- Aí meu Deus que história mais engraçada” – Rubem Alves. Bem a casa não é cinzenta, tem pastilhas pretas. Mas a moça sorriu!
A leitura começa. No primeiro conto, O pai dos sábios, conhecemos a realidade dos apaixonados por livros, fato que me levou a crer que é muito arriscado tê-los em apartamentos. Além de serem “más influencias” para os jovens de todo um prédio, podem causar divorcio, expulsar moradores de casa, mas também podem ser vistos como um pelotão de fuzilamento, “se os dicionários resolvem pular em minha cabeça, matam-me na hora”(p. 20) um perigo, não acham? Assim o primeiro conto nos é apresentado  carregado de ironias.
Todo o livro é uma coletânea tipos e situações corriqueiras, com elementos conhecidos do leitor. Recomendo a casais que leiam, vocês vão se surpreender com algumas situações que sempre acontecem com os amigos de vocês. Claro que com vocês nunca acontece. Nos contos A mulher dos sonhos e Sacolas castanhas, temos uma situação bem comum na vida de mulheres ciumentas: “Sonhei que você está me traindo(...)Não se faça de desentendido: sonho é intuição. Se explique - agora!”(p. ) e “Sonhei que voce tinha ido embora com duas sacolas castanhas. Eu ri as gargalhadas. Expliquei que sonho são bobagens inventadas pelo cérebro desocupado durante o sono”(p.97)  mas vá explicar isso à mulheres que têm os sonhos como condutores de avisos.
Os dilemas conjugais são matéria riquíssima e bem aproveitada por Aleilton em várias facetas: Folga da empregada é uma boa situação para degustar os direitos adquiridos pelas mulheres com o levante feminista: futebol na TV, homem pilotando fogão e a mulher dando um passeio. Prato cheio para o riso em Receita caseira; já em Briga de casal o problema é mais sério, até porque a briga alcança alto nível vocabular, chegando o marido a assumir diante do amigo que presenciava a briga “Eu sempre soube que sou solipsista”(p. 47), o amigo é que fica sem nada entender com este tal soliptista. Mas Aleilton continua mexendo nos casamentos, desta vez,  tentativas de quebrar a rotina após algum tempo de bodas como em: Marilda Ama Omar,  Domingo no motel e Santa de casa; outras situações na vida de um casal também ganham destaque nas páginas deste livro como: compra de produtos que se referem a intimidade pessoal; ida de casais a restaurantes, aliás, lugar oportunidade para as mulheres apresentarem às amigas o ponto fraco dos maridos; sem contar a necessidade de fazer um filho, todos estes presentes em:  Compras especiais, Comédia conjugal e  Noite de Núpcias. Mas o mais surpreendente é saber que ainda há casais que só passam a existir por conta de homens tão abnegados e apaixonados que até torcem pelo Bahia mesmo sendo Vitória de corpo e alma como retratado em BA-VI em família.
Outras temáticas do cotidiano fervilham e acrescentam pitadas de humor à vida de qualquer leitor: as neuroses em tempo de surto de dengue, é o que se vê em Caso de dengue; Alô, telemarketing, Emprego temporário. E como em todo bom conto humorístico o que vale é o desfecho imprevisto, os convido a desopilar o fígado em, É a mãe,  O galanteador, e Uma informação por favor  além de outros contos.
Assim, com brilhantismo, sendo breve e conciso, Aleilton reconstitui cenas cotidianas apresentando situações e personagens comuns que bem manipulados se tornam condutores de um discurso cômico que liga o real vivido à realidade representada, transformando, assim, fatos corriqueiros  em elemento e motivo para o riso.  Aleilton é mestre em transformar nossas vivências em material literário. Na maioria dos seus livros, ele burila em nossas emoções arrancando lágrimas. Neste livro também tem feito algo semelhante, porém, trazendo o cotidiano como material para o risível, convidando-nos a rirmos de nós mesmos. Deste modo, pode-se dizer que ele figura para a literatura como um autor representativo da epifânia da emoção, conduzindo o leitor às lagrimas e ao riso.
Como diz Flavio Moreira da Costa na introdução aos Os cem melhores contos de humor da literatura universal:  “Mas chega, senão esta introdução corre o risco de ser escrita de terno, gravata e de colarinho duro. O leitor, calculo eu, está querendo roupa folgada e um lugar confortável para ter lá seus bons momentos de humor, e não ser obrigado a pensar sobre ele.”





 



[1] Revista Veja, 31 de dez. de 1969.